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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Uma emergência medica em cada 10.000 passageiros.

A British Airways realizou uma pesquisa demonstrando que a cada 10.000 passageiros há uma emergência médica. Parece pouco, mas não é. Problemas de saúde em voos comerciais são frequentes, tanto que a tripulação recebe treinamento especial para lidar com eles, afinal, 70% das emergências são controladas pela tripulação de bordo e apenas 30% necessitaram de assistência médica em solo.
Conhecer as alterações ambientais a bordo de aviões é importante para entender porque as emergências acontecem, igualmente, importante é ter sempre um plano de saúde para viagens nacionais e fazer ainda um seguro de viagem para quem for viajar para fora do país. Assim, você evita que problemas também estourem no orçamento.
Níveis de oxigênio - Em altas atitudes a pressão do ar dentro do avião não é igual à pressão atmosférica ao nível do mar. O volume de oxigênio disponível no ar é menor. Quando os aviões atingem sua altura de voo máxima, por volta de 13.000 metros ou 40.000 pés, a pressão atmosférica da cabine é equivalente a de 2500 metros de altura.
Jovens e pessoas saudáveis não chegam a sentir a diminuição do oxigênio porque o organismo compensa a redução com o aumento da frequência cardíaca, respiratória e com a diminuição do volume de ar inspirado a cada ciclo respiratório. Ao nível do mar, em média, 99% das hemoglobinas carregam oxigênio pelo sangue (as hemoglobinas levam o oxigênio dos pulmões para o resto do organismo). Durante o voo, essa taxa cai para 94%. Abaixo de 90% a quantidade de oxigênio distribuída para os tecidos do corpo é insuficiente para o bom funcionamento das células. Idosos e fumantes, sob as mesmas condições de pressão atmosférica baixa têem 90% ou menos de oxigênio no sangue. Não é incomum, portanto, que apresentem algum grau de desconforto e cansaço durante voos longos.
Pacientes com doenças cardíacas ou pulmonares podem apresentar sintomas de isquemia cardíaca como palpitações, intensa falta de ar e dor no peito (angina)
Pressão atmosférica - A baixa pressão atmosférica dentro das cabines provoca uma expansão dos gases de até 30%. Todas as cavidades ocas do organismo se expandem. Daí a sensação de ouvido entupido durante as viagens. Pessoas com otite ativa, lesões recentes nos tímpanos ou sinusites, podem apresentar rompimento da membrana timpânica durante o voo. Esta expansão também pode ocasionar efeitos em outras partes do corpo, como pneumotórax em pessoas com doença pulmonar.
Distensão abdominal, náuseas por dilatação do estômago e do intestino também são comuns.
A recomendação é que as pessoas com cirurgias pulmonares ou abdominais recente, lesão recente do ouvido, pneumotórax problema cardíaco e/ou pulmonar e outros devem consultar um médico antes de viajar.
Qualidade do ar - A umidade do ar dentro da cabine é de apenas 10% a 20%, quando os níveis ideais são de no mínimo de 40%. A baixa umidade facilita a desidratação, resseca a pele e as vias aéreas, e pode desencadear crises em pacientes com asma ou enfisema/bronquite crônica.
Transmissão de germes pelo ar - Os sistemas de ventilação de ar dos aviões mantêm baixas as contagens de bactérias, fungos e vírus no ar. Porém, em um ambiente fechado, com muitas pessoas próximas uma as outras, por várias horas. Há sempre o risco de transmissão de doenças como tuberculose, gripe, catapora (varicela), rubéola e gripe asiática.
Outros problemas podem ocorrer como náuseas, chamada de cinetose, em decorrência dos balanços e turbulências.
Diante de um mal estar durante o voo o capitão da aeronave deve ser informado. O primeiro procedimento é questionar se a bordo há algum médico ou profissional de saúde para avaliar o caso seja. Em 60% a 70% dos voos há um médico entre os passageiros.
A decisão de se interromper o voo ou mudar a rota é sempre do piloto que toma a decisão baseado no peso do avião, condições climáticas, distância do destino, capacidade do aeroporto mais próximo em receber a aeronave, entre outros fatores. Cabe ao médico apenas uma opinião, ele não tem poder de decisão em relação à aeronave. Mas, sempre que possível o piloto reduz a altitude do voo para melhorar oxigenação da cabine em caso de emergência médica. O médico tem a disposição materiais de emergência básicos:
- Drogas como adrenalina, atropina, anti-histamínicos, aspirina, antiarrítmicos, broncodilatadores, analgésicos e soro fisiológico. Materiais como agulhas, gases, seringas, estetoscópio, aparelhos de pressão e luvas.
- Equipamentos de ressuscitação como desfibrilador, máscara de ambu, balas de oxigênio e material para entubação traqueal.
Estudos revelam que 50% dos voos são interrompidos por queixas de complicações cardiológicas, entre elas, crises de angina e isquemia cardíaca, ocasionadas pela baixa pressão de oxigênio.
Síndrome da classe econômica
Outra complicação de saúde é a chamada síndrome da classe econômica que ocorre em voos longos, mais de oito horas. O longo período sentado dificulta o retorno do sangue pelas veias que fica represado nos membros inferiores. A síndrome da classe econômica pode ocasionar por trombose das veias da perna que passam a ser fonte de êmbolos para o pulmão e, em consequência, embolia pulmonar (tromboembolismo pulmonar). Esses problemas também acometem pessoas com problemas de circulação dos membro inferiores, principalmente varizes muito desenvolvidas.
Para evitar as tromboses e o acumulo de sangue nas pernas recomenda-se:
- Não fumar antes de embarcar.
- Beber bastante líquido durante a viagem.
- Movimentar-se dentro do avião a cada duas horas para ativar a circulação das pernas.
- Evitar roupas muito apertadas.
- Evitar bebidas alcoólicas.
- Evitar sedativos para não ficar em uma mesma posição durante muito tempo.
- Usar meias compressoras.

Quem coordena o site é Guilherme da Luz, editor também dos sites que tratam sobre empréstimo consignado, empréstimo pessoal e imobiliária.

Um comentário:

regi nat rock disse...

informação abrangente e interessante Pé. Valeu!